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Carta da Amazônia

Mestiços são excluídos
de todas as propostas


Mestiços são excluídos
de todas as propostas

Manaus - Todas as propostas fazendo referência a mestiços (caboclos, cafuzos, etc.) foram excluídas da Carta da Amazônia no último dia do Encontro de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia para a Rio+20, que ocorreu em Manaus (AM), de 30 de maio a 1 de junho.

Embora, segundo a organização do evento, no último dia apenas devessem ir a votação na plenária propostas que não tivessem obtido consenso nos grupos de trabalho temáticos, duas propostas a favor de mestiços – uma que reconhecia seus direitos originários e outra que reconhecia a etnia mestiça como nativa -, que haviam sido aprovadas por consenso em grupo de trabalho, foram levadas à votação pela organização do evento, sem que os representantes do movimento mestiço tivessem sido informados e contra acordo firmado com todos sobre a metodologia que seria adotada na aprovação de propostas.

O coordenador geral do Centro Estadual de Mudanças Climáticas (Ceclima) da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do AM (SDS) e coordenador da Campanha de Clima do Greenpeace (segundo reportagem de 2010 do site desta organização baseada na Holanda), João Talocchi, que administrava a Plenária, acatou a demanda de delegado ligado ao movimento negro – e contra decisão da própria Plenária -, também colocou em votação a exclusão das referências a mestiços e a caboclos em todas as propostas já aprovadas nos grupos de trabalho nas quais constassem.

Por 50 votos a favor e 48 contra, a etnia mestiça, a mais numerosa da Amazônia, ficou excluída da Carta que será entregue à Rio+20.As organizações mestiças presentes retiraram apoio a qualquer documento produzido no Encontro e pretendem denunciar a atuação da administração do evento a organizações de direitos humanos e ao ministério público para que investiguem possível prática de racismo e à Rio+20, à qual a Carta é endereçada.

Nesta segunda-feira (4), a presidente do Nação Mestiça e presidente do Conselho Municipal de Direitos Humanos de Manaus (CMDH), Helderli Castro, e outros ativistas do movimento mestiço foram à SDS, mas não foram recebidos pela secretária Nádia Ferreira..

Todas as propostas fazendo referência a mestiços (caboclos, cafuzos, etc.) foram excluídas da Carta da Amazônia no último dia do Encontro de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia para a Rio+20, que ocorreu em Manaus (AM), de 30 de maio a 1 de junho..

Embora, segundo a organização do evento, no último dia apenas devessem ir a votação na plenária propostas que não tivessem obtido consenso nos grupos de trabalho temáticos, duas propostas a favor de mestiços – uma que reconhecia seus direitos originários e outra que reconhecia a etnia mestiça como nativa -, que haviam sido aprovadas por consenso em grupo de trabalho, foram levadas à votação pela organização do evento, sem que os representantes do movimento mestiço tivessem sido informados e contra acordo firmado com todos sobre a metodologia que seria adotada na aprovação de propostas.

O coordenador geral do Centro Estadual de Mudanças Climáticas (Ceclima) da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do AM (SDS) e coordenador da Campanha de Clima do Greenpeace (segundo reportagem de 2010 do site desta organização baseada na Holanda), João Talocchi, que administrava a Plenária, acatou a demanda de delegado ligado ao movimento negro – e contra decisão da própria Plenária -, também colocou em votação a exclusão das referências a mestiços e a caboclos em todas as propostas já aprovadas nos grupos de trabalho nas quais constassem. Por 50 votos a favor e 48 contra, a etnia mestiça, a mais numerosa da Amazônia, ficou excluída da Carta que será entregue à Rio+20.

As organizações mestiças presentes retiraram apoio a qualquer documento produzido no Encontro e pretendem denunciar a atuação da administração do evento a organizações de direitos humanos e ao ministério público para que investiguem possível prática de racismo e à Rio+20, à qual a Carta é endereçada.

Na segunda-feira (4), a presidente do Nação Mestiça e presidente do Conselho Municipal de Direitos Humanos de Manaus (CMDH), Helderli Castro, e outros ativistas do movimento mestiço foram à SDS, mas não foram recebidos pela secretária Nádia Ferreira.

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