- 09 de abril de 2025
Sem maniqueísmo, mas uma boa reflexão
Cinco milhões de evangélicos marcharam para Jesus, em São Paulo. Foram quatro quilômetros de percurso da Estação Tiradentes até a Praça Campo de Bagatelle. Nenhum incidente, segundo confirmou a Polícia Militar de São Paulo (G1 - Globo).
Em Boa Vista, numa festinha boba que não deve ter reunido sequer 1.000 pessoas (estou sendo bastante otimista), dois crimes bárbaros na madrugada de domingo para segunda-feira (31/5): um adolescente morto e outro ferido gravemente, a tiros.
Aí, vem-nos à mente alguns motivos para reflexão: primeiro, o que faziam dois adolescentes livres, leves e soltos, perdidos na madrugada de Boa Vista?
Segundo: por que os pais não exigiram que eles estivessem em casa, dormindo, em segurança, àquela altura? Terceiro: não é mais proibida a presença de crianças e adolescentes nesses ambientes altas horas? Com a palavra o Conselho Tutelar.
Quarto e paro por aqui: acabar com as festinhas seria a saída? Particularmente, nessa eu quero meter o meu bedelho. Minha resposta é categórica: não, necessariamente!
Afinal, todos têm livre arbítrio e sabem o que querem para suas vidas. Uma alternativa é cultuar o nome de Jesus na marcha em seu nome pelas ruas, num templo ou mesmo em casa. Afinal, creio, Ele é digno de toda honra e glória.
Mas, também, todos estão livres para se esbaldarem, perdidos na buraqueira. Quem enveredar por essa segunda opção, no entanto, precisa saber a que está se expondo.
Não devia ser assim, porém, invariavelmente, no mundão muitos extrapolam as regras de convivência social, a ponto de cometerem descalabros que tantas dores e angústias causam aos semelhantes.
A escolha é livre. As consequencias, nem tanto.
Alea jacta est!
(*) Jornalista, autor de Até Quando? (2004) e “Histórias de Redação” (2009); email [email protected]; blog: www.franciscospid.blogspot.com.